VOCÊ ESTÁ CONVIDADO PARA
O PRIMEIRO ENCONTRO DO CAFÉ DE IDEIAS
DIA: 21/03/2013, terça-feira.
HORA: 20h00. LOCAL: Cafeteria da Maison du Brésil.
A APEB-Fr divulga seu novo espaço de discussão. Tendo surgido como uma proposta de pesquisador@s brasileir@s associad@s à APEB-Fr, o café de ideias pretende ser um espaço de debate livre à partir de questões lançadas por um@ debatedor@. Diferentemente dos Ciclos Apeb, o Café de Ideias não possui um formato acadêmico de apresentação de pesquisas, mas segue antes um modelo menos formal. Este será o primeiro encontro de outros que serão organizados nas próximas semanas. Trata-se de uma atividade proposta por s@s associad@s, pois a APEB-Fr se constitui sempre num espaço de fomento dos projetos pessoais e coletivos d@s pesquisador@s brasileir@s na França.
PARADOXOS DE UMA OBRA: MAQUIAVEL DEFENSOR DO ABSOLUTISMO OU DO REPUBLICANISMO? SOBRE OS 500 ANOS DE ESCRITA D’O PRINCIPE
EVANDRO MARCOS LEONARDI – Doutorando do Programa em Filosofia Política da Universidade Federal de Santa Catarina, vinculado ao Laboratório de Sciences, Philosophie, Histoire – UMR 7219 (SPHERE), Université Paris-Diderot – Paris 7.
No ano de 2013 celebra-se os 500 anos de escrita d’O Príncipe de Nicolau Maquiavel (1469-1527). Uma das obras mais lidas nos últimos 500 anos, O Príncipe ainda suscita divergências entre comentadores e intérpretes especializados, cervejeiros em uma roda de amigos, padres e pastores, artistas, professores e alunos em geral. Enfim, todos os que, de uma forma ou outra, discutem ética em política, ou ética na política, ou mesmo, ética política, já tiveram um mínimo contato com essa obra ou com jargões políticos que remetem a essa obra. Mas nossa intenção aqui é levantar questões no sentido de procurar posicionar melhor o pensamento e os objetivos de Maquiavel, uma vez passado as ondas mais eufóricas do “maquiavelismo”. Digo isso, porque a tradição pós-Maquiavel parece ter se concentrado apenas sobre esse livro e sobre um autor inclinado a se fazer preceptor de tiranos e ditadores, com ensinamentos nada convencionais em relação à moralidade de feição primordialmente cristã. Contudo, esse modo de ver Maquiavel já não é tão verdadeiro e consensual. O título de nossa contribuição faz menção ao conceito de “paradoxos”, ou seja, já não temos tanta certeza assim se a moeda d’O Príncipe tem somente um lado. Mas além de problematizar sobre a identidade desse pequeno opúsculo, queremos também levantar questões sobre o que ainda é atual nessa obra, principalmente a partir dos pontos levantados acima, no tocante às conturbadas relações entre ética e política. Mas ao mesmo tempo, em vista dessa tão tensa relação, ponderar com situações específicas de nossa realidade brasileira, seja de um ponto de vista da cidadania política, dos agentes públicos (que hoje nomeamos de políticos “profissionais”) e finalmente, de nossas instituições republicanas.
O evento será seguido de um pequeno coquetel.
Interessados em participar podem enviar sua proposta
ao email diretor.institucional@apebfr.org
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