A formulação hamletiana “o tempo está fora dos gonzos” (the time is out of joint – ato 1, cena 05) pode servir de síntese para configurar a relação turbulenta e desencontrada estabelecida com o tempo a partir da segunda metade do século XX, cujos desdobramentos são cada vez mais evidentes. Diferentes e variadas leituras foram ensaiadas – da ficção científica à filosofia, da história à crítica da economia política – para diagnosticar a falência ou colocar em cheque conceitos como progresso, modernização, utopia, linearidade cronológica entre passado, presente e futuro, entre outros.
A Associação de Pesquisadores.as Brasileiros.as na França (APEB-FR) convida todos.as para participarem do Atelier Tempos Sobrepostos. O objetivo do encontro é realizar um debate aberto e geral sobre o tema, a partir de intervenções iniciais e da contribuição livre de todos os presentes.
Data: 13 /12/ 2018
Hora: 18h-21h30
Local: MIE – Maison des Initiatives Étudiantes
50 Rue des Tournelles, 75003, Paris
Intervenções:
- Alexandre Mendes – Un temps hors de la marge: politique et subjectivité chez H. Melville et W. James
- Andrea Schettini – La judiciarisation de la mémoire: réflexions sur le temps et le droit dans la justice transitionnelle
- Cecília Pires – Les Temps du Mouvement Armorial: du moyen age à 1970
- Clarissa Naback – Brésil en deux: passé et future dans le discours du développement
- Daniel Carneiro Leão – Le temps autour
- Felipe Dantas – Entre presentismo e modernidade liquida. Aceleração do tempo na historiografia do século XX
- Frederico Lyra – Les Temps du Jazz – 1945-1975: contradiction et superposition
- Marina Duarte – Tempo, memória e história : um confronto entre Paul Ricour et Michel Foucault
- Rodrigo Turin – Presentismo, neoliberalismo e os fins da história